Segue abaixo reprodução de mensagem enviada pelo amigo, companheiro e grande cidadão Dr Roberto Cavalcanti membro do Conselho da Cidade:
12 de Abril: Manifestação pelos 90 dias das Vítimas da Tragédia
Prepare-se. Agora é prá valer. Após uma intensa discussão sobre que caminhos o movimento "Sociedade Civil Organizada" deve seguir, fomos informados que toda a população de Teresópolis dever se preparar para uma manifestação pacífica a ser realizada no dia 12 de abril.
A manifestação prevista para acontecer, numa terça-feira, exatamente após terem se passado 90 dias da Tragédia da Serra, deverá nos oferecer um balanço das consequências até aqui desse momento que desestruturou, até onde sabemos, pelo menos 15 mil famílias de forma direta.
A homenagem as vítimas desse momento, deverá também provocar a mobilização de toda a população teresopolitana, para que a mesma exija do poder público mais respostas e menos inépcia, perplexidade e indiferença. Com um desempenho impressionante de solidariedade, centenas de cidadãos vem se tornando exemplos de conduta e espírito público, apesar de não serem necessariamente candidatos a cargo algum.
O interesse em contribuir para reduzir o mais rapidamente possível os problemas advindos da situação de abandono pela qual passa a cidade e a sua população como um todo, vem sendo sentido e as reações envolvem muitas atitudes.
Parte da população, vive a anestesia dos acontecimentos, e assiste em estado catatônico, sem sequer dizer uma palavra. Seu silêncio pós-traumático merece um acompanhamento médico, psicológico e já faz parte hoje de um "passivo existencial" que não temos como dizer quanto tempo levará para ser superado. Talvez meses, anos ou mesmo décadas. Independentemente do tempo, sua memória deve ser resguardada e antes de tudo ouvida. Temos visto os instrumentos de mídia local fazerem muito pouco nesse sentido, uma vez que alimentar essa memória não interessa ao poder público local.
Já um outro grupo, vive simplesmente o medo. Medo de questionar. Medo de refletir criticamente sobre o desempenho comparado entre as cidades afetadas. Medo de uma suposta retaliação governamental, numa cidade de pequeno, em que a "temporada de caça ao cidadão", remonta aos tempos da ditadura. Nossa democracia não convive bem com a atitude de descontentamento de seus cidadãos, quando os mesmos não toleram a verdadeira legião de "mensaleiros" que vão se infiltrando descaradamente no aparelho do estado em todos os níveis, em todos os poderes.
E boa parte da população, permanece em casa, na inércia natural do cotidiano. Mas mesmo os que visito em suas confortáveis poltronas já demonstram um amargor de indignação na boca. Embora falte informação a alimentar sua coragem, ele pressente o anti-clímax. Numa cidade que também serve de atividade de veraneio para alguns e dormitório para outros, há ainda espaço para cuidar da esfera pública. A cidade é o quintal público da propriedade privada, daqueles que estão nessa zona de conforto.
O chamado a todos não deixa dúvidas. Precisamos mostrar no dia 12 de abril, que as vítimas dispõe de nosso respeito, com uma participação maciça e exemplar, que reverbere por todos os municípios vitimizados, pelo país e pelo mundo. Tá na hora de Teresópolis mostrar a sua cara.
Visite http://www.prezadocidadao.com.br/
Veja imagens de centro urbano de Teresópolis:
12 de Abril: Manifestação pelos 90 dias das Vítimas da Tragédia
Prepare-se. Agora é prá valer. Após uma intensa discussão sobre que caminhos o movimento "Sociedade Civil Organizada" deve seguir, fomos informados que toda a população de Teresópolis dever se preparar para uma manifestação pacífica a ser realizada no dia 12 de abril.
A manifestação prevista para acontecer, numa terça-feira, exatamente após terem se passado 90 dias da Tragédia da Serra, deverá nos oferecer um balanço das consequências até aqui desse momento que desestruturou, até onde sabemos, pelo menos 15 mil famílias de forma direta.
A homenagem as vítimas desse momento, deverá também provocar a mobilização de toda a população teresopolitana, para que a mesma exija do poder público mais respostas e menos inépcia, perplexidade e indiferença. Com um desempenho impressionante de solidariedade, centenas de cidadãos vem se tornando exemplos de conduta e espírito público, apesar de não serem necessariamente candidatos a cargo algum.
O interesse em contribuir para reduzir o mais rapidamente possível os problemas advindos da situação de abandono pela qual passa a cidade e a sua população como um todo, vem sendo sentido e as reações envolvem muitas atitudes.
Parte da população, vive a anestesia dos acontecimentos, e assiste em estado catatônico, sem sequer dizer uma palavra. Seu silêncio pós-traumático merece um acompanhamento médico, psicológico e já faz parte hoje de um "passivo existencial" que não temos como dizer quanto tempo levará para ser superado. Talvez meses, anos ou mesmo décadas. Independentemente do tempo, sua memória deve ser resguardada e antes de tudo ouvida. Temos visto os instrumentos de mídia local fazerem muito pouco nesse sentido, uma vez que alimentar essa memória não interessa ao poder público local.
Já um outro grupo, vive simplesmente o medo. Medo de questionar. Medo de refletir criticamente sobre o desempenho comparado entre as cidades afetadas. Medo de uma suposta retaliação governamental, numa cidade de pequeno, em que a "temporada de caça ao cidadão", remonta aos tempos da ditadura. Nossa democracia não convive bem com a atitude de descontentamento de seus cidadãos, quando os mesmos não toleram a verdadeira legião de "mensaleiros" que vão se infiltrando descaradamente no aparelho do estado em todos os níveis, em todos os poderes.
E boa parte da população, permanece em casa, na inércia natural do cotidiano. Mas mesmo os que visito em suas confortáveis poltronas já demonstram um amargor de indignação na boca. Embora falte informação a alimentar sua coragem, ele pressente o anti-clímax. Numa cidade que também serve de atividade de veraneio para alguns e dormitório para outros, há ainda espaço para cuidar da esfera pública. A cidade é o quintal público da propriedade privada, daqueles que estão nessa zona de conforto.
O chamado a todos não deixa dúvidas. Precisamos mostrar no dia 12 de abril, que as vítimas dispõe de nosso respeito, com uma participação maciça e exemplar, que reverbere por todos os municípios vitimizados, pelo país e pelo mundo. Tá na hora de Teresópolis mostrar a sua cara.
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